Reprodução

 

Na natureza, o habitat natural dos camarões é principalmente localizado em regiões montanhosas, composto por pequenos riachos com água muito pura e oxigenada de temperatura amena.

A reprodução nestes locais ocorre em épocas de chuva.

Esta precipitação gera alterações dos parâmetros da água do rio em que a mineralização desce e promove uma ecdise em todos os camarões. 

Aliando-se a uma alta disponibilidade de alimento nessa altura do ano, contribuindo na formação da sela e incentivando à reprodução.

Os camarões atingem a sua maturidade sexual entre 4 a 6 meses e começam a procriar, antes é extremamente difícil identificar o género. 

 

 

Há várias formas de distinguir as fêmeas, a mais fácil é quando já são adultas pela presença da sela, uma mancha amarela/castanha na região superior entre a carapaça e o dorso. Por vezes a opacidade de cor do camarão não permite ver a sela no interior, então a forma de distinguir é pela curvatura inferior do corpo, conhecida como saia.

Os machos têm tendência a ter uma saia lisa, formando uma linha quase reta da cabeça à cauda, enquanto que as fêmeas tendem a ter uma saia arredondada de forma a proteger os ovos que ficam guardados entre os pleopodes, as “patas” posteriores. 

Distinguir o sexo pelas antenas é possível (mas mais complexo), pois o macho tem as duas antenas frontais superiores 1/3 mais compridas que as das fêmeas, esta diferença é a primeira a notar-se quando o camarão ainda é juvenil (sempre que as mantenham intactas).

*Nos Sulawesi é extremamente difícil diferenciar, uma vez que são muito similares, sendo que as fêmeas tendem a ser ligeiramente maiores quando adultas.

As Neocaridinas e as Caridinas não se reproduzem entre elas, sendo espécies diferentes, apesar de algumas terem diferença de parâmetros, é possível manter sem o risco de cruzarem entre si e estragarem a linhagem. São espécies diferentes e o seu órgão reprodutor não é compatível.
O cruzamento de diferentes espécies de Neocaridinas pode ocorrer, mas não é recomendado devido a terem recessão a wild, resumidamente após alguma(s) gerações é possível perder a cor e intensidade dos camarões até ficarem mesmo transparentes.

O cruzamento entre caridinas de espécies diferentes pode ocorrer, contudo irá resultar com perda das características definidas de cada espécie, assim como a pureza das mesmas. 

Quando as fêmeas têm “sela” podem ser fecundadas logo após a ecdise.

Apenas quando este processo acontece é possível aos machos efetuar a cópula que permite deixar o esperma no exoesqueleto.

Posteriormente os ovos existentes na sela saem para a bolsa sob o abdómen e durante este processo passam por dentro do exoesqueleto onde são fertilizados pelo esperma previamente depositado pelo macho.

A fêmea mantem os ovos na saia durante 20 a 30 dias até eclodirem, dependendo da espécie. Se eventualmente perder alguns ovos poderá dever-se a inúmeros fatores, tais como serem jovens e inexperientes ou stress. Se perderem todos os ovos pode estar relacionado com algum doença ou bem-estar do camarão no aquário.   

O nascimento ocorre através de uma eclosão extremamente rápida e difícil de observar, o camarão bebé “salta” para fora do ovo em menos de um segundo e vai agarrar-se à primeira coisa que encontrar. Durante este processo as fêmeas tendem a procurar sítios mais resguardados para maior tranquilidade.

Na infelicidade de alguma fêmea morrer com ovos já fecundados é possível salvar alguns ou todos apesar da sua complexidade.

Para tal devem ser retirados da fêmea com muito cuidado para não os magoar (este é o processo mais difícil devido ao risco de danificar os ovos).

Após todos separados, pode ser usada uma seringa e com cuidado libertá-los numa incubadora ou algo DIY de funcionamento similar, que simule os movimentos efetuados pelas patas traseiras da fêmea.

Sempre que estes tenham ficado em boas condições e não tenha passado muito tempo após a morte da fêmea, é possível observar os bebés já nascidos na incubadora, devendo ser libertados no aquário para que se alimentem. 

A introdução de comida baby (em pó) é favorável à sua sobrevivência, desenvolvimento e crescimento saudável.

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